PIBID de Letras realiza sarau de encerramento com estudantes da Escola
Dom Carlos Eduardo
A atividade contou com declamação de poemas produzidos pelos próprios
estudantes
Os bolsistas do PIBID de
Letras da UFFS que estão em atividade na Escola Dom Carlos Eduardo realizaram
na quinta-feira, 23 de junho, um sarau de encerramento com os alunos do 6º e 7º
anos do período da tarde que participaram das oficinas sobre o gênero poema. O
sarau contou com a participação dos 5 bolsistas, da professora supervisora, Dirlaine
de Oliveira, e também com a presença da diretora da escola, Adriana Sassi.
Os bolsistas
organizaram uma contação de histórias a partir de uma adaptação do livro “A
bolsa amarela”, de Lygia Bojunga, em que entremeio a risos e olhares de
suspense, os estudantes buscaram compreender a essência do que é escrever e o
que é ser escritor.
Em seguida, os
bolsistas incentivaram os alunos a lerem as poesias que foram produzidas no
decorrer das oficinas, lendo poesias de autoria própria além das produções
realizadas pelas turmas que participaram da oficina no período matutino. Os
alunos leram as poesias dos colegas e, quando se sentiam a vontade, liam as
suas próprias poesias.
O sarau marcou o
encerramento das atividades do semestre na escola. Em conversa com a diretora
Adriana, a mesma se mostrou fascinada com as produções dos estudantes e também
com a história que foi interpretada. Além disso, para finalizar a oficina, a
diretora acabou por recitar alguns versos que foram ensinados por sua avó,
ainda na sua infância.
A seguir exemplo de uma poesia produzida por uma estudante da escola:
O JOVEM
(Maria Eduarda da Cunha)
As vezes eu me pergunto
que diabos de papel
estou fazendo aqui:
Não pedi para nascer,
não escolhi meu nome,
e tenho um corpo montado
com pedaços de avós
fatias de pais
amostras de mães.
Nas reuniões de famílias
o esporte predileto
é dissecar Frankenstein:
“Os olhos são dos Arruda...”
“Os pés lembram os Botelho...”
“Tem as mãos do velho Braga!”
“... e o nariz é dos Fonseca!”
Certamente o resultado
de um tal esquartejamento
não pode ser coisa boa
pois tantos retalhos calados
não teriam uma pessoa.